segunda-feira, 3 de junho de 2013

Hospital São Sampson

São Sampson, o Hospitaleiro, nasceu em Roma, onde se dedicou ao estudo da medicina. Mudou-se para Constantinopla, morando em uma pequena casa que acolhia os doentes, não apenas cuidado da saúde física, mas também oferecia conforto espiritual, conselhos e esperança, encorando-os na Fé Cristã.
   
Dada suas virtudes, foi ordenado padre pelo Patriarca de Constantinopla. Quando o imperador Justiniano, o Grande, ficou doente, teve um sonho que apenas Sampson poderia cura-lo. O médico, já ancião, o curou de sua moléstia. O Imperador lhe ofereceu uma soma bastante considerável, mas ele recusou, porém, pediu que construísse um hospital para atender gratuitamente os pobres. Com o auxílio do monarca, São Sampson fundou o hospital que recebeu seu nome, que se tornou o maior hospital gratuito do império Bizantino, servindo seu povo por mais de 600 anos. 
  
Faleceu em 27 de junho de 530 D.C. Após sua morte, São Sampson apareceu muitas vezes para aqueles que invocaram sua ajuda.

Hospital São Sampson

Esta imensa instituição filantrópica possui vários funcionários e voluntários, além de um dedicado corpo clínico e enfermeiras comprometidas com a saúde física e espiritual dos doentes. Famoso em todo o império bizantino, pessoas de todas as partes do reino viajam até Constantinopla, na esperança de terem sua saúde restabelecida. Dessa forma, alguns médicos do Hospital São Sampson tornaram-se muito famosos, recebendo o merecido reconhecimento por seu trabalho. Desses, um jovem médico tem se tornado um mito, Gundeico Musa, conhecido por sua dedicação aos pobres, por seus diagnósticos precisos e pelos excelentes resultados obtidos, para alguns trata-se de um santo da mais alta estatura, sendo frequentemente comparado à São Sampson ou São Kosmos e São Daiman.

A sobrecarga de trabalho é inevitável. A messe é grande, mas os operários são poucos; mas felizmente, um novo médico foi recentemente incorporado ao corpo clínico do hospital, Roitak. Embora não fale quase nada de grego e se porte de forma um tanto quanto "pouco usual", ninguém duvida de seu potencial e espera-se que desenvolva um grande trabalho em Constantinopla, voltado principalmente para a prevenção de pragas e epidemias.
 
 

Corpo Clínico

  
O ex-monge guerreiro Apion Myrepsos sempre se interessou pelo corpo humano, seja para curá-lo, seja para identificar suas fraquezas. Sua experiência no campo de batalha e como ajudante em hospitais de campanha despertaram seu interesse pela Anatomia, a "ciência criada por Deus quando criou o Homem", costumava dizer. Devido a um grave ferimento de guerra retornou para a casa de seus pais, resolveu pedir licença da sua Ordem e estudar medicina, tornando-se um excelente cirurgião. Um longo trajeto o levou à Constantinopla, se estabelecendo como cirurgião chefe, prof. de Anatomia humana na Universidade (Pandidakterion) e médico (archiatroi) no Hospital (Nosokomeion) São Sampson, do qual é o atual diretor.  Cargo de grande responsabilidade, devendo satisfações apenas ao imperador.
  
Archiatroi Apion Myrepsos


Artemius Dioscurides é um médico que dedicou sua vida ao estudo de pestes e pragas. É um dos grandes entusiastas do sistema de distribuição de água de Constantinopla. Luta para que o sistema de esgoto seja espandido para toda cidade.


Archiatroi Artemius Dioscurides


A monja Thecla Dioscorides é irmã de Artemius. Enfermeira (hypourgoi) chefe, responsável pelo dia-a-dia do hospital. Conhecida por sua dedicação, amor pelos pobres e doentes e pelo fervor com o qual defende a doutrina Orthodoxa e sua autonomia. Existe um certo "desconforto" entre ela e o atual diretor, mas estabeleceram uma relação profissional e cordial (na medida do possível).

Hypourgoi Thecla Dioscorides



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Ref.:
     http://www.serbianorthodoxchurch.net/cgi-bin/saints.cgi?view=083086275378
     http://rpg-bizantino.blogspot.com.br/2011/09/sao-sampson-o-hospitaleiro.html

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